Pensei em escrever algo sobre os 100 anos de Carauari. Mas se fosse escrever algo, alguém ia dizer: “Vixe..., ele só diz isso porquê não é do nosso grupo” ou coisas assim. Mas sinceramente?! Não estou muito animado pra falar sobre como Carauari está aos 100 anos. É chover no molhado. E pra que todos leiam até o final, vou falar sobre... borboletas.
Isso mesmo! Borboletas! Veja só como é impressionante este animal.
Começa a vida como uma lagarta (argh! Aposto que ninguém chama sua namorada de “minha lagartazinha”) e, após um tempo, se envolve em algo chamado de casulo para, algum tempo depois, se tornar a bela borboleta. Muitos até tatuam ela no corpo, mas não tatuam a lagartazinha. Acho isso uma maldade com o passado da borboleta.
Agora você vai me perguntar onde eu pretendo chegar. E eu digo simplesmente: a lugar nenhum. Desculpa, eu realmente não tenho nada de novo para dizer. Dizer o quê? Da minha revolta?! Da indignação que sinto com o que estão fazendo com a cidade onde cresci?! Vai me dizer que você quer que eu fale mal da atual administração? Eu não preciso. Eles já fazem isso por mim a cada foguete que estouram não só comemorando o atraso nos salários, como também o retrocesso de Carauari. E isto é humilhante para quem é de bem.
Bom... disse que falaria sobre as borboletas. E vou cumprir o que prometi. Elas podem passar por um momento de feiúra, que todos até querem ignorar ou esquecer, mas ela se compromete em mudar. E quando muda, tudo fica mais bonito.
Até quando seremos lagartos? Até quando seremos ignorados e esquecidos?
Até o momento em que decidirmos mudar, como a borboleta.
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